Empreendedor que não sai do Armário
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EMPREENDEDOR QUE NÃO SAI DO ARMÁRIO
Em um emprego convencional temos uma relação de trabalho extremamente tranquila ou estressante?
Bah! Muito depende essa resposta, não é mesmo?
Mas, me deixa direcionar um pouquinho melhor essa discussão e vamos ver como, ao final, você também consegue compreender melhor isso.
Dividi esse debate em 3 pontos:
- Carreira
- O Armário
- Real produto
Carreira
Se dividirmos o salário pela quantidade total de horas trabalhadas em um mês, chegaremos ao valor de sua hora de trabalho. Lógico, nessa visão inicial estamos considerando que você tem um emprego, e recebe uma remuneração através de um salário mensal.
Na prática, independentemente da área de atuação, é isso que você vende ao seu patrão, a empresa a qual lhe “deu” esse emprego, a hora, o seu tempo.
NA REAL, um empregado é um vendedor de tempo!
No entanto, o tempo é um ativo que tem fim. É nítido isso, pois todos, sem exceção, competentes ou não, têm exatamente a mesma quantidade de tempo todos os dias: 24 horas.
Além do tempo que o empregado vende para a empresa na qual trabalha, NA REAL sua prestação de serviços, ele também precisa de mais tempo para conviver com os familiares, dormir, se exercitar, se divertir, promover ações sociais, fazer viagens, ir ao médico, ao dentista, almoçar, jantar, etc.
Mas note o seguinte: como temos tempo limitado e muitas outras responsabilidades, o modelo trabalhista convencional jamais proporcionará a seus empregados um meio de realizarem com plena satisfação suas aspirações próprias e bem pessoais.
Todos temos aspirações pessoais e que precisariam ser respeitadas de maneira individual na verdade. Essas podem ser financeiras, familiares, sociais e de qualidade de vida. Todas se não conseguidas em momentos que lhe seja interessante, e não somente ao final de um ano de trabalho, usufruindo das famosas e adoradas férias, vai ser frustrante!
O legal e motivante seria ter essa liberdade.
Mas ela tem também seus riscos, para você e para os outros. Vai que você decide coisas erradas, um não necessariamente erradas, mas que não contribuem bem com o papel a ti designado. Qual vai ser o impacto disso na sua produtividade e na da empresa a qual está empregado?
Liberdade para quem não sabe entender um pouquinho melhor a complexidade da vida, o significado real de muitas coisas por aí, como de empresas, produtos, pessoas em variadas funções e de responsabilidade por exemplo, pode ser muito destruidor a quem confiou em você.
Não tendo de maneira bem livre e aleatória, possibilidade de buscar suas aspirações pessoais, casando mais ao seu bem entender, acaba gerando a médio prazo muita insatisfação e frustração.
Cada escolha sua, até do nível do que vai suportar, tem consequências!
Escolha ser simples, ser invisível aos outros, aos mais importantes de sua comunidade, não tem problema algum. É um direito seu, tem o meu respeito, e é muito possível isso, você assim mesmo se sentindo bem, não se sentindo preso, triste ou frustrado, ótimo.
Mas agora preste atenção:
O resultado social de uma pessoa que se destaca pelos seus atos, pelo o que cria, e faz ser visível para muito mais pessoas é muito maior do que de uma pessoa que fica apenas tranquilo na sua, aproveitando os direitos limitados do seu emprego.
Alguns vão buscar ir além… vão ocupar o topo da pirâmide das organizações, chegar a cargos executivos e ter acesso, por meio de uma remuneração variável extra, a ganhos de certa maneira mais privilegiados. Isso reflete o modelo clássico do emprego, o modelo basicamente industrial.
Mas, em contrapartida para esses, seu tempo será ainda mais absorvido com viagens, reuniões, videoconferências, congressos, eventos, cursos, treinamentos, etc.
NA REAL, ter função executiva numa empresa importante não consumirá menos do que 70 horas semanais de trabalho intenso! Sem contar com outras 20 horas quando o cérebro do executivo permanece ligado, conectado a pleno, em suas metas e em seus compromissos profissionais enquanto está com a família.
>> Faça um paralelo com histórias por aí que conhece, ou mesmo com a sua história como trabalhador. Realmente precisaremos ser mais maduros para entendermos melhor todo esse processo.
Eu particularmente, posso lhe expor aqui um pouquinho da minha trajetória construída, onde desde bem cedo, por volta dos 14 anos de idade já trabalhava (ajudava já desde bem antes na real) na empresa do Pai, rotinas de trabalho indo para o interior, fazendo uma função de apoio operacional, logo depois também trabalhando em funções administrativas, indo do RH até às necessidades vindas da gestão produtiva, era uma indústria do ramo do tabaco.
Bom, foi de uma coerência bem direta, minhas escolhas profissionais iniciais, pois gostava de estudar e compreender as rotinas empresariais, e já com 17 anos de idade estava cursando Administração e muito do que eu via em aula eu podia colocar em prática, dinâmica fundamental em processos de ensino.
Experiência marcante que me fez, no futuro (2006) quando fiz meu mestrado em educação, pesquisar mais a fundo processos e relações para entender mais as variáveis envolvidas nesse processo de vida de trabalho e estudo, seja esse formal ou informal, individual ou dependente de colegas, professores e por aí vai.
Essa trajetória estava ainda no início mesmo, mas já era intensa minha vontade de praticar o que estudava e aprendia. Em um perfil de sempre precisar preencher ainda mais meu tempo, nessa época de virada de milênio vi a oportunidade de atuar com vendas no recém-nascido Mercado Livre vendendo produtos de informática pela internet – isso foi em 2000 e acabou definindo um dos pontos mais marcantes da minha experiência e visão de vida empreendedora – um passo determinante para criar uma empresa muitos anos depois que efetivamente hoje se chama GAMER_na_real – Comunidade, e-commerce e assistência técnica especializada em hardware gamer – loja de informática.
Ainda sobre minha trajetória, vivi experiência prática de trabalho (estágio) em indústria metalmecânica de cerca de 400 funcionários na época, com funções ligadas ao setor de compras e logística, e isso me formatou um conhecimento fortíssimo de processos empresariais, e também de verdadeiro stress pelo cumprimento de muitas tarefas que não podiam sofrer atrasos.
Após formado (2003), muitas coisas busquei desenvolver conjuntamente, como consultorias empresariais nas empresas (maioria micros ou de pequeno porte), além da experiência no serviço público (4 anos de trabalho, cargo técnico em Prefeitura e de 7 anos como professor em Escola pública), até chegar a oportunidades de trabalho mais desafiadoras e até em organizações maiores do setor privado.
Então a maior organização privada que pude ter a experiência como empregado, foi de 2009 a 2011 na RBS TV, onde ficou evidente demais ali a importância do conhecimento em práticas comportamentais, o foco em vendas, em informação rápida, e naturalmente em gestão de negócios como um todo.
Enfim todo esse processo de trabalho desafiador e estressante como empregado senti na pele. Cobrança de metas e desafios gigantes para serem superados em todos os níveis. Conheci muito bem, inclusive observando colegas, como eram essas rotinas executivas mais intensas, PPR, meritocracia na veia, prêmios por bons resultados, etc.
Foi um largo período que vivi nesse perfil workaholic (viciado em trabalho), mas sempre acreditei (acreditava) ser fundamental essa movimentação intensa de vários trabalhos (trabalhava de dia e a noite ministrava aulas) com grandes exigências e responsabilidades. Muitas eu mesmo me colocava, só para me puxar, para ir além, buscando mais competências e reais capacidades.
Realmente pensava que tudo isso tinha que ser vivenciado como um investimento, assumindo um estilo de vida que pudesse proporcionar no futuro mais conforto e tranquilidade na vida, inclusive à família.
Afinal eu era jovem ainda, mesmo com demandas pessoais também desafiadoras vividas, filho para criar desde os 18 anos, doença sem cura sendo minha parceira de vida desde os meus 13 anos de idade, mas tinha convicção que a caminhada de trabalho para o sucesso era essa.
NA REAL, isso só ficaria revelado mais pra frente… e que não é bem assim!
Afinal, quando temos mais experiência e compreensão, um pouquinho superior desse mundo maluco, outras referências de vida são construídas. Resultados também não chegaram ao meu nível de expectativa, sempre elevadíssimo… mas, dentro do armário fica mais quentinho, não?
O Armário
O seu ambiente de conforto pode ser o armário. Sendo apenas um empregado, sem perfil empreendedor ou mesmo tendo esse perfil, ficando nítido o intraempreendedorismo.
Mas digo a você:
Perfil empreendedor vem de dentro, é influenciado pelo ambiente também, mas as barreiras são sempre gigantes é em nosso cérebro, porque, na real não é tão grande não…
O mundo mudou, o avanço com as tecnologias, organizações que ajudam visionários, pessoas que querem desenvolver transformações, empreender, de fazer um negócio (empresa) está simples e fácil sim! Facilidades para isso estão cada vez mais entre nós!
O poder midiático mudou de lugar, não está mais nas grandes empresas de mídia tradicional e estamos sentindo mais e mais poder em nossas próprias mãos, um poder de influência e comunicação jamais vivenciado.
Mas como pode ser percebido, existe uma enorme distorção que deixa grande parte das pessoas, seja de empresas privadas ou públicas, com perspectivas muito limitadas. Para resolver isso seria necessário falarmos de forma mais séria sobre empreendedorismo. Vamos lá!
Pela livre-iniciativa, estatisticamente já sabemos que, na hora de correr riscos, a maioria sai de fininho e acaba abraçando de volta a prática convencional da venda de tempo.
O que esses indivíduos não compreendem ou notam é que, ao não assumirem esses pequenos riscos, ao invés de grandes riscos, eles acabam correndo um perigo real de passarem pela vida como meros pagadores de contas, verem proteção de uma CLT, onde na real luta dos centavos necessários do seu dia a dia, na busca de seus sonhos, tudo isso é ilusão.
Frase muito famosa de Harriet Tubman – afro-americana – que resume muito bem essa realidade e dispensa comentários:
“Libertei mil escravos, poderia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos.”
Uma solução para quem deseja se libertar desse modelo trabalhista dominante é o entendimento de que vender TEMPO é uma atividade extremamente LIMITADA, por ser personalíssima, afinal o seu tempo é apenas seu e não pode ser emprestado, doado, alienado nem alugado.
Isso significa que se você ficar doente ou impedido de vender o seu tempo, terá que sobreviver à custa do famigerado INSS.
Melhor do que vender TEMPO é vender o que pode ser produzido em uma estrutura de negócio, com pessoas engajadas cumprindo suas crenças de emprego, vivendo uma trajetória para conseguirem a famosa experiência. Você construir e vender seu próprio PRODUTO ou SERVIÇO é bem mais libertador e de valor inclusive.
Esse processo hoje, com toda a evolução que já vivemos em nossa sociedade, posso garantir pra você é ARTE!
Real Produto
Intraempreendedorismo é um conceito cada vez mais difundido e fica evidente também em muitas pessoas, quando por exemplo nos deparamos com aquele trabalhador que nos surpreende, nos impacta, de perfil mais aberto às novidades, descolado e realmente criativo. E o melhor efetivamente: entrega novos resultados e superiores!
Mas vamos direto ao ponto:
Qual é o real produto da sua vida?
Empreenda algo efetivo em sua vida!
Crie e seja algo que é valorizado sem muito se pensar ou analisar.
Sugiro trocar o que você tem vendido nos últimos anos. Pare de vender seu tempo escasso e passe a vender seu próprio produto!
Desenvolva a sua marca, o seu modelo de negócios, crie os diferenciais em seu setor e venda sem limites. Sem limites de tempo, sem limites geográficos, em outros países, on-line, por venda direta, com catálogo, no varejo, de porta em porta, com distribuidores, representantes comerciais, afiliados, franquias, cadeia própria de lojas, etc.
Fazendo isso sua remuneração não é mais pelo relógio, mas sim pela performance de seu produto no mercado. Pela sua criatividade posta em prática e pela sua capacidade de gestão – sim, isso é uma inevitável competência a trabalhar.
Existem mercados já constituídos, de forte concorrência, onde a competitividade pode ser inatingível. Cuidado!
Não simplesmente querer fazer qualquer coisa pelo seu poder da vontade, ou de habilidade artísticas de chamar a atenção das pessoas. A coisa é sim mais complexa. Mas confie que hoje em dia tudo realmente está cada vez mais simples e fácil. Talvez você que não viu bem quais são os caminhos.
Oceanos azuis ainda tem vários para serem criados – termo clássico já, que significa criar algo (produto ou serviço) onde (ramo e segmento de mercado) não tem gente explorando ainda.
Um negócio, empresa seja qual for, significa criar uma organização que tem pessoas empregadas trabalhando, isso pode até parecer contraditório agora, mas ocorre pelas leis trabalhistas que estão aí e muito mais pela cultura de trabalho instalada.
Sua capacidade de gestão e de criar processos eficientes dará a você a liberdade para usar seu tempo em todos os setores de sua vida do modo que considerar mais satisfatório e produtivo. Quando estiver nesse estágio evolutivo em seu negócio, você poderá planejar férias em baixa temporada sem filas e apagões nos aeroportos, conhecer outros países, culturas e idiomas, sem que sua empresa perca performance, pois terá o mérito de tê-la estruturado muito bem.
Fazendo um negócio de sucesso, pode parar por aí ou continuar evoluindo esse processo empreendedor, que ao invés de focar apenas no dividendo, resultado do desempenho de seu produto no mercado, você poderá subir mais alguns degraus e trabalhar pelo seu patrimônio, ou seja, pelo valor do seu negócio.
Se quiser mais na vida, pense fora da caixa e venda sua própria empresa!
O patamar de conseguir estar apto para vender as ações de sua companhia representa, NA REAL, o prêmio máximo de um empreendedor, o de ver seu empreendimento, marca na real, sendo reconhecido pelo mercado a ponto de ser comprado.
E vamos concluir então essa conversa toda…
Porta do armário aberta, pula e vai
Pra mim armário fechado tem direta significação com cabeça fechada.
Abre a cabeça que tudo se abre! Pula e vai.
Em qualquer hipótese, seja vendendo tempo, produto ou até mesmo ações, somente existe espaço para os que produzem e têm uma boa performance.
NA REAL, medo, insegurança e muitas vezes a visão para todos os lados, de que não se pode deixar de ter o garantido é bem grande, é a maior barreira de saída do armário para muitas incríveis pessoas.
Você quer ficar no armário?
Com todo o respeito, brincadeirinha viu: quer deixar as aranhas tomarem conta lhe encobrindo de teias?
Gente, chega! Empreenda e ponto.
Não quer empreender, tomar conta do seu tempo, não tem problema, vagas de emprego estão “cheias” por aí!
Faça acontecer do seu jeito, estude, enfrente as barreiras, inclusive a falta de recursos nos primeiros passos, no primeiro mês, mas aprenda na real que TODOS temos o nosso lado empreendedor, temos cada um do nosso jeito. E temos esse poder de criar e fazer algo novo, fazer evoluir nossa sociedade.
Mas pera, sei…
Você vai me dizer que é muito difícil, que prefere chegar em casa após às 18h, final do expediente, e deu! Agora é curtir a vida, a família… Entendo, mas você prefere curtir a vida sem muita grana, sem graça e perspectivas? Ou não prefere curtir sabendo que fez algo realmente seu e transformador, se sentido com a missão cumprida, e ainda com o dinheiro no bolso mais justo e proporcional ao seu esforço?
O seu TEMPO, vendido através de seu emprego formalizado, está sendo multiplicado por empreendedores em uma organização de recursos, gerou mais retorno (deveria pelo menos, quando bem gerida) ao empreendedor e ele só lhe deu uma parte do ganho dele.
O empreendedor, seu patrão, tem NA REAL muito mais condições de avançar, pois ele determina e entrega através do seu suor, e visão, valor (produtos e serviços) a sociedade com sua empresa/marca. Ele é realmente mais impactante sim, organiza as responsabilidades e processos produtivos, colocando as pessoas corretas no devido lugar. Após isso fica livre para decidir sobre sua própria vida e rotina, afinal basta sempre ele supervisionar a transformação de todos os recursos. Você é o recurso humano desse empreendedor.
Enfim, chegamos ao final e minha única expectativa é fazer você verdadeiramente refletir mais, bem mais sobre seus atos nessa perspectiva empreendedora.
Pretendo impactar de verdade quem sabe uma minoria de pessoas presas no armário! Compartilhe com quem acredita que pode ter importante impacto, para realmente refletirem e desenvolverem a coragem de sair do armário. Naturalmente para viverem plenamente e melhor a sua missão entre nós, para explorarem de verdade todo o seu potencial.
Prof. Adm. Nícolas Furlan
Convite >> I WORKSHOP Negócio NA REAL
Dia 25/06/22 às 19h
Esse artigo tem total relação com o conteúdo do Workshop.
>> Inscrições gratuitas até dia 24/06/22 – clique aqui!
Participe ao vivo!
Professor, Adm. Psicanalista. Me considero um entusiasta de nosso poder criativo e da educação em geral.
Ótimas provocações. Parabéns pelo texto, Prof. Nícolas Furlan!
Texto super provocativo e no qual me vi em vários aspectos, principalmente pelo medo de arriscar. Trás aquela “pulga atrás da orelha” sobre as decisões profissionais. Muito bom texto!
Acabei de ler, muiiiito bom… desafiador, ótima reflexão 👍👏
Você deu uma visão diferente e motivadora para aquele que quer ser um empreendedor